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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Energia que vem do vento

A utilização da energia eólica não é algo novo. Há séculos ela é utilizada com finalidades diferentes. Antes ela era utilizada como energia mecânica, para ajudar na movimentação das grandes e pequenas embarcações, quando ainda não existiam motores, e também nos moinhos, utilizadas na produção de farinha e açúcar.
A utilização do vento para a produção de energia elétrica vem crescendo nos últimos anos. A chamada ‘energia limpa’ é uma alternativa para a  diminuição da poluição atmosférica e conservação do meio ambiente.
Nesse caminho a Bahia vem se destacando e em julho de 2012, o Estado terá o maior polo eólico do Brasil ao inaugurar o maior parque eólico da América latina, na região do semiárido baiano, segundo informa Ney Maron, diretor de Meio Ambiente da Renova Energia.
A Renova é a primeira empresa brasileira que se dedica à geração de energia por meio de fontes alternativas. Os parques estão sendo implantados nos municípios de Caetité, Guanambi e Igaporã.
Somente no complexo de 14 parques eólicos, é investido R$ 1,17 bilhão, que no próximo ano, passará a gerar energia anual de 1.100 Giga-watt-hora por ano (GWh/ano), ou seja, será capaz de atender a 650 mil residências, superior ao número de residências da população da região, de cerca de 400 mil pessoas.
O parque é bem extenso, cruzando cerca de cinco municípios, como Caetité, Guanambi e Igaporã, numa linha contínua de 150 a 200 km. É uma espécie de cordilheira, e as torres ficaram nas partes mais altas. Os parques contarão com 184 aerogeradores, cada um com torres de 80 m de altura (o equivalente a um prédio com mais de 27 andares) e pás de 42 m de extensão. Essa energia será lançada no sistema interligado e será escoada por uma Instalação Compartilhada de Geração (ICG), a ser construída pela Chesf.
Mas por que escolher o semiárido baiano? O motivo, segundo Ney Maron, é que nessa região os ventos são de leste para oeste, o que dá mais eficiência na captação de energia. Aliado a isso está a altitude das cidades e o vazio demográfico encontrado. “Esses aspectos ajudariam a reduzir o impacto sócio-ambiental junto às comunidades, o que é uma das preocupações da empresa”, disse o diretor de Meio Ambiente.
Cada vez mais presente no cotidiano das sociedades, a sustentabilidade está em crescimento constante e sendo valorizado pelas empresas. A Renova tem a sustentabilidade como princípio da empresa e aperfeiçoa seu modelo de gestão para esse foco. Para isso, elabora o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade no qual relata todas as práticas da empresa de contribuição ao meio sustentável.
“Neste relatório a ser lançado no primeiro semestre de 2012, a Renova apresentará de forma sistematizada a aplicação deste conceito, no seu sistema de gestão e em todos os seus relacionamentos”, explica o superintendente de Meio Ambiente da Renova, Emanuel Mendonça.
Com esse avanço tecnológico, a Bahia e o Brasil vão galgando passos importantes no ranking da produção de energia eólica. Com base em dados de 2009, o Brasil é o 21º colocado no ranking mundial, de acordo com informações do superintendente de Meio Ambiente da Renova.
RESPONSABIlIDADE SOCIAl COM A COMUNIDADE – O primeiro impacto que a chegada dos aparatos tecnológicos causa em uma cidade é com a paisagem do local, mas é com essa mudança no visual que a Renova Energia pretende melhorar a vida das famílias que vivem na região.
Com a instalação dos Parques os proprietários de terras vão poder continuar com as terras e com suas atividades. “A Renova atua de forma dialogada e compartilhada com todos os segmentos da sociedade”, disse Mendonça.
Para que os donos das terras não fiquem no prejuízo a Renova atua da seguinte maneira: A empresa faz o arrendamento das terras e o proprietário da terra pode desenvolver suas atividades normalmente, além de ter renda garantida por 30 anos.