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domingo, 8 de dezembro de 2013

Water footprint

Você já ouviu falar sobre pegada ecológica da água? Ou pegada hídrica? Ou Water footprint?

Todos esses termos citados referem-se à mesma definição.

De acordo com o a organização Water Footprint Network, pegada ecológica da água, pegada hídrica ou water footprint nada mais é do que “um indicador do uso da água que analisa seu uso de forma direta e indireta, tanto do consumidor quanto do produtor. A pegada hídrica de um indivíduo, comunidade ou empresa é definida como o volume total de água doce que é utilizado para produzir os bens e serviços consumidos pelo indivíduo, comunidade ou produzidos pelas empresas”.

Ainda com base nas informações da Water Footprint Network, os pesquisadores Hoekstra e Mekonnen, da Universidade de Twente, Holanda, conseguem estimar a pegada hídrica de cada nação e setor econômico. O estudo revela como os diferentes produtos e nações contribuem para o consumo e a poluição da água doce em todo o mundo. As descobertas podem ajudar os governos a estabelecer políticas para a produção e consumo de commodities, destinadas a gerir as fontes de água doce do planeta finitas de forma mais eficaz.

Você sabe quantos litros de água são necessários para produzir um copo, 250 ml, de cerveja?

De acordo com a Water Footprint Network, a pegada hídrica da cerveja é de 75 litros de água para cada copo, 250 ml, da bebida.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Biodiesel

Qual a ligação entre o azeite de dendê, óleo muito apreciado na culinária brasileira, e uma locomotiva? A resposta passa pelos investimentos da Vale em tecnologia e por nosso compromisso com a sustentabilidade, fatores que deram origem à Biopalma: nossa empresa, em sociedade com o Grupo MSP. 

Desde junho de 2012, a Biopalma está operando sua primeira usina extratora de óleo do fruto do dendezeiro. Com esse óleo, a partir de 2015, a Vale produzirá o biodiesel, a fim de utilizar o B20 - mistura que leva 20% de biocombustível e 80% de diesel comum. Vamos abastecer, assim, locomotivas e equipamentos utilizados em nossas operações no Brasil. 

A decisão de investir na produção de biodiesel faz parte da estratégia da Vale de diversificar a matriz energética e ser um agente de sustentabilidade global. 
Fontre: Site Vale

 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

McDonald´s em Singapura ganha telhado verde

Um novo McDonald´s em Singapura tem um visual diferente. Instalado em uma parque local, o restaurante ganhou um telhado verde para se integrar no ambiente natural que o circunda e também para devolver o espaço verde que foi perdido quando o restaurante foi construído.

Projetada pela firma de design OngOng, a estrutura possui a forma de cogumelo para facilitar a drenagem do excesso de água da chuva. Além de melhorar a estética, o ecotelhado age como isolante térmico, mantendo a temperatura sempre agradável no interior e ainda reduz o consumo de energia.

Alguns toques de design colocam a natureza no centro da experiência no local, como o layout mais fluído e orgânico da área de alimentação e o espesso exército de árvores de bambu que contornam o acesso ao banheiro.

O projeto do McDonald´s em Singapura segue uma tendência mundial. Cada vez mais, os ecotelhados ou telhados verdes ganham adeptos. Países como Alemanha e Suíça já exigem que parte dos edifícios novos tenham coberturas vegetais.

Nos Estados Unidos, a prática de jardinagem dá vez ao cultivo agrícola no topo dos prédios. De Manhattan ao Brooklyn, as hortas verticais se multiplicam, produzindo vegetais, frutas e hortaliças.

McDonald´s em Singapura ganha teto verde

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Resposta ao aquecimento

É possível que você ainda não tenha se dado conta da situação, por isso, vale o aviso: os próximos anos prometem muitas emoções num planeta onde a temperatura vai subir, e o clima deverá se comportar de forma cada vez mais estranha.
A atual temporada de furacões nos Estados Unidos – e os prejuízos espetaculares causados por sucessivas tormentas – levou o presidente da Comissão Real Britânica para o Meio Ambiente, John Lawton, a afirmar que não há mais dúvidas de que o fenômeno está associado ao aquecimento global. 
Para Lawton, negar que as atividades humanas – principalmente a queima de petróleo, gás e carvão – estejam mudando o clima, seria o mesmo que negar as evidências de que o cigarro causa câncer.
De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, um colegiado internacional de cientistas que estudam o assunto, a temperatura da Terra deverá aumentar entre 1,4 e 5,8º C nos próximos 100 anos. Entre outras conseqüências, a elevação da temperatura deverá provocar a elevação do nível dos mares – entre 10 e 90 centímetros – e a mudança do ciclo das chuvas.
O aumento do nível de certeza em relação a essas previsões deveria inspirar mudanças importantes em diferentes setores da sociedade para atenuar os impactos que já estão acontecendo. No que diz respeito ao Brasil, há muito o que fazer. O planejamento urbano e as regras para o uso do solo nas cidades costeiras – sob a tutela dos prefeitos – precisam incorporar nos projetos o risco de o mar avançar sobre o continente.
Temos mais de 8 mil quilômetros de litoral que se revelam de forma desigual: praias, falésias, dunas e manguezais. Estudos recentes desenvolvidos por um grupo multidisciplinar de pesquisadores recrutados pelo Ministério do Meio Ambiente revelaram que aproximadamente 40% das praias brasileiras seriam mais vulneráveis ao avanço gradual do mar.
Em pelo menos 22 pontos da costa, da região Norte ao extremo Sul do país, essa vulnerabilidade é maior em manguezais, dunas e áreas densamente povoadas próximas de estuários, como é o caso de Rio de Janeiro e do Recife, que oferecem menos resistência ao mar.
A sugestão dos pesquisadores aos prefeitos de cidades litorâneas é a seguinte: toda nova construção em áreas urbanas deveria guardar uma distância mínima de 50 metros da praia. Nas regiões ainda desocupadas, a distância mínima deveria ser de 200 metros. São recomendações técnicas que, se respeitadas, poderão evitar grandes prejuízos num futuro próximo.
Uma outra medida importante é investir em sistemas de monitoramento do clima mais eficientes. Num cenário em que se prevê o aumento da freqüência e da intensidade das tormentas, não podem faltar recursos que garantam o conhecimento prévio do fenômeno. O violento temporal que castigou o Rio de Janeiro na manhã do último dia 23 de setembro surpreendeu os cariocas, que não foram avisados antecipadamente sobre a chegada da tempestade. Os meteorologistas do Sistema Alerta-Rio denunciaram à imprensa que o radar meteorológico no Pico do Couto (em Petrópolis), que poderia prever a chegada da tempestade com 3 horas de antecedência, estava desativado para reparos há mais de um mês. Será cada vez maior a demanda de eficiência e agilidade no repasse dos informes meteorológicos, principalmente no Sul do país, onde tivemos a primeira ocorrência de furacão de nossa história. E tudo leva a crer que o fenômeno Catarina não será o único na região.
Na esfera empresarial, o dever de casa começa pelas montadoras de veículos. Sendo os automóveis os maiores contribuintes de gases estufa nas cidades, seria ótimo que as montadoras brasileiras repetissem o exemplo da indústria automobilística da Califórnia, nos Estados Unidos, onde a cada nova geração de carros há menor consumo de combustível, mais autonomia, e principalmente metas audaciosas de redução de gás carbônico na atmosfera. Se há conhecimento técnico para reduzir as emissões dos motores, por que não fazê-lo de forma mais agressiva, em benefício de todos?
Nunca foi tão importante promover projetos de reflorestamento (árvores seqüestram carbono da atmosfera) e disponibilizar madeira e lenha certificados, com selo verde, recompensando os esforços de quem retira a madeira da floresta sem destruir a floresta, graças à aplicação dos planos de manejo.
A destinação inteligente dos resíduos sólidos também tem implicações importantes sobre o aquecimento global. No processo de decomposição da parte orgânica do lixo libera-se CH4 (metano), cuja capacidade de reter calor na atmosfera é 23 vezes maior que a do CO2 (dióxido de carbono). Por ser um gás combustível, o metano poderia ser aproveitado para gerar energia a partir dos aterros de lixo, como já acontece em São Paulo, que abriga a maior usina de energia sobre um aterro de lixo do mundo. O Aterro Bandeirantes oferece energia para 200 mil pessoas, com capacidade para dobrar a oferta.
Um levantamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente mediu o potencial energético nos 37 maiores aterros de lixo no Brasil. De acordo com a pesquisa, a energia acumulada nestes aterros é suficiente para abastecer uma população estimada em 6 milhões e 800 mil pessoas.
Os orientais nos ensinam que crise é sinônimo de oportunidade. Que o aquecimento global – talvez o maior problema ambiental do século 21 – possa abrir novos caminhos na direção da sustentabilidade, e ajustes importantes nos meios de produção e de consumo.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A Era da Sustentabilidade

A luta do momento deve ser a do desenvolvimento sustentável

A história mostrou-nos a grande capacidade do homem em buscar alternativas para melhoras suas condições de vida. Foi assim com a invenção do fogo, da roda, do surgimento da escrita, e, sobretudo, com as lutas empreendidas para a conquista dos direitos individuais que garantiram uma vida mais digna as pessoas. Já houve lutas, com importantes resultados, quando nos mobilizamos pela liberdade, pela justiça social, pela igualdade de direitos, pela democracia, pelo combate à miséria e à fome. Agora, é o momento de trabalharmos pela sustentabilidade ambiental, elevando-a ao mesmo patamar das demais bandeiras.

É preciso fazer mais pelo ambiente e com urgência. Caso contrário, a produção diminuirá pela escassez dos recursos naturais

Infelizmente, nem sociedade, nem setor produtivo, tampouco o poder público estão cumprindo com todas as responsabilidades frente às demandas ambientais. Esta situação precisa mudar com urgência. Não há mais tempo a perder. Proteger o ambiente deve ser a pauta prioritária dos governos, a meta do setor produtivo e o agir da sociedade. Há três grandes razões para ajustar-nos. A primeira trata do regramento legal, já que existe uma política nacional, estadual e municipal de meio ambiente, que busca harmonizar a produção com a proteção ambiental. A outra, refere-se ao caráter ético de nossas escolhas. Devemos respeitar os espaços dos outros. Não podemos dispor dos recursos naturais como se eles fossem bens particulares e, sim, tratá-los como bens comuns. E, por fim, há o aspecto comercial, onde os consumidores optam por mercadorias produzidas a partir de práticas sustentáveis.

A luta do momento deve ser a do desenvolvimento sustentável

A história mostrou-nos a grande capacidade do homem em buscar alternativas para melhoras suas condições de vida. Foi assim com a invenção do fogo, da roda, do surgimento da escrita, e, sobretudo, com as lutas empreendidas para a conquista dos direitos individuais que garantiram uma vida mais digna as pessoas. Já houve lutas,

O saber e o agir da humanidade devem estar a serviço do desenvolvimento e da proteção ambiental

Devemos ter consciência ecológica, atitudes cidadãs e ações preventivas. É fundamental a reeducação dos hábitos de consumo, a redução do descarte, a reutilização dos resíduos, criando novos produtos, além da reciclagem, que inicia um novo processo produtivo. Proteger os recursos naturais não é somente uma questão ambiental, é também social e econômica, pois sua escassez impossibilitará a produção, reduzindo as oportunidades de emprego. A humanidade deve dar nova demonstração de seu poder transformador e eleger esta como a era da sustentabilidade, a fim de garantir mais qualidade de vida para a atual e para as próximas gerações.

Desenvolvimento Sustentável

terça-feira, 2 de julho de 2013

Japoneses criam demolição “invisível”

Nesta cidade densamente povoada, repleta de edifícios altos e envelhecidos e onde as restrições ambientais e de reciclagem são rígidas, empresas japonesas vêm aperfeiçoando algo que pode ser descrito como demolição invisível.

Alguns edifícios são desmontados de cima para baixo, sendo o trabalho escondido por um andaime móvel. Outros, de baixo para cima, sendo a estrutura içada para baixo aos poucos, com a ajuda de um macaco especial.

Às vezes, as técnicas parecem desafiar a gravidade, pois, embora os prédios aparentem estar intactos, vão encolhendo aos poucos. Os métodos, que resultam num canteiro de obras mais limpo e silencioso, podem acabar chegando a outras cidades, à medida que arranha-céus envelhecidos ficam obsoletos e que a melhor solução é demolir e reconstruir.

O mais recente arranha-céu de Tóquio a ser demolido às escondidas é o Akasaka Prince Hotel, uma torre de 40 andares que se eleva sobre o distrito comercial da cidade. Desde o outono, o prédio vem sendo demolido, um piso de cada vez. Ele vem encolhendo ao ritmo de mais ou menos dois andares a cada dez dias. No final deste mês, ele terá desaparecido, para dar lugar a duas torres novas.

Hideki Ichihara, gerente da Taisei Corporation, que desenvolveu o sistema, disse que a técnica tem benefícios ambientais e permite uma separação mais eficiente do metal, concreto e outros materiais recicláveis. Outra vantagem é de natureza visual: “Não queremos que as pessoas vejam a demolição em curso”.

Os quatro andares superiores do hotel foram envoltos por um andaime pendurado do telhado, que ficou intacto e que foi recoberto por painéis que imitam a fachada. Quando os dois pisos superiores foram demolidos, o “chapéu” formado pelo telhado e o andaime desceu lentamente.

O chapéu ajuda a minimizar o barulho e a poeira, em comparação com os métodos mais convencionais de demolição de edifícios altos, que envolvem erguer um andaime até o topo e em volta da estrutura, deixando o topo exposto.

“Todos os trabalhos são feitos dentro da área coberta”, explicou Ichihara. “O nível de ruído é 20 decibéis mais baixo que da maneira convencional e há 90% menos pó saindo da área.”

Tirando o chapéu, contudo, o sistema da Taisei é semelhante a outros métodos em que a estrutura é desmontada de cima para baixo. Outra companhia japonesa, a Kajima Corporation, desenvolveu um sistema de baixo para cima, cortando as colunas do edifício ao nível do chão e abaixando a estrutura com um macaco hidráulico, à medida que cada piso é removido.

“A ideia é conservar o prédio o mais intacto possível”, explicou Ryo Mizutani, da Kajima, que em janeiro concluiu a demolição do edifício comercial de 24 andares Resona Maruha, perto dos Jardins Imperiais. Enormes macacos hidráulicos suportaram as 40 colunas do prédio. Operários cortaram 75 centímetros de cada coluna, repetidas vezes, para que a estrutura pudesse ser abaixada lentamente.
Por criar ambientes de trabalho controlados, os dois métodos japoneses permitem a separação na própria obra dos materiais que podem ser reciclados. No Akasaka Prince, disse Ichihara, a separação dos materiais começa desde o alto. O concreto e o aço são trazidos para baixo por guindastes separados. Com o método Kajima, de baixo para cima, disse Mizutani, todos os escombros são criados no térreo, permitindo uma separação eficiente dos materiais.

Uma lei de reciclagem aprovada em Tóquio em 2002 requer que sejam reciclados os dejetos de madeira e concreto, além de metais valiosos como aço, alumínio e cobre, mesmo que as empresas de demolição precisem pagar para isso.

“As pessoas começaram a levar a reciclagem a sério”, comentou Tsuyoshi Seike, professor-associado no Instituto de Estudos Ambientais da Universidade de Tóquio. “As coisas mudaram drasticamente no setor da demolição.”

De acordo com Mizutani, o método de sua empresa possui uma vantagem adicional: os materiais de risco, como o amianto, não precisam ser tirados do canteiro separadamente antes de ser iniciada a demolição estrutural. Em vez disso, à medida que os materiais de cada piso são separados, eles podem ser deixados ali até aquele piso chegar ao chão, quando poderão ser removidos em segurança.

Mas o método de baixo para cima da Kajima possui uma grande desvantagem: em Tóquio, cidade que tem grande incidência de terremotos, um edifício separado de seus alicerces poderia desabar facilmente se a terra tremesse. A solução encontrada pela empresa é construir estruturas de concreto temporárias, com cerca de três andares de altura, dentro de partes da moldura de aço do edifício. Sistemas de tranca que seriam ativados no caso de um abalo sísmico amarrariam o prédio às estruturas de concreto, presumivelmente garantindo sua estabilidade.

 
fonte: Folha de São Paulo.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Sustentabilidade Ambiental – Desenvolvimento e Proteção


sustentabilidade ambiental 300x238 Sustentabilidade Ambiental   Desenvolvimento e Proteção 

Preservar o meio ambiente e ainda garantir o desenvolvimento: este é o objetivo de todas as ações que garantam a sustentabilidade ambiental. Consiste na manutenção das funções e componentes do ecossistema, de modo sustentável, buscando a aquisição de medidas que sejam realistas para os setores das atividades humanas. A ideia é conseguir o desenvolvimento em todos os campos, sem que, para isso, seja necessário agredir o meio ambiente.
E como fazer isso? Através do uso inteligente dos recursos naturais, garantindo que eles tenham longevidade, ou seja, se mantenham para o futuro. Nessa linha, a Sustentabilidade Ambiental é a capacidade de manter o ambiente natural viável à manutenção das condições de vida para as pessoas e para as outras espécies. Isso garante, ainda, a qualidade de vida para o homem, tendo em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e sua função como fonte de energias renováveis. A adoção das medidas que deem sustentação ambiental garante, em médio e longo prazo, um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana, garantindo a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) necessários para a qualidade de vida das próximas gerações.
Um dos exemplos de ações de sustentabilidade e que recai sobre o campo das energias renováveis, é a procura de um substituto ecologicamente aceitável ao petróleo, que além de altamente poluente, tende a esgotar-se ainda mais rápido por conta do aumento do consumo ao longo dos séculos XX e XXI. No Brasil, cada vez mais pesquisas vêm sendo realizadas na busca de uma alternativa através do chamado biocombustível. Outra boa alternativa de sustentabilidade ambiental é a agricultura orgânica, termo usado para designar a produção de alimentos e outros produtos vegetais que não faz uso de produtos químicos sintéticos ou organismos geneticamente modificados, que agridem a natureza e são prejudiciais à saúde. A agricultura orgânica ganha caráter sustentável, pois persegue três objetivos principais: a conservação do meio ambiente, a formação de unidades agrícolas lucrativas e a criação de comunidades agrícolas prósperas.
Outros exemplos importantes de Ações Sustentáveis: exploração dos recursos vegetais de florestas e matas, garantindo o replantio; preservação de áreas verdes não destinadas à exploração econômica; uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica); reciclagem dos resíduos sólidos e exploração do gás liberado em aterros sanitários como fonte de energia; e consumo controlado da água, visando evitar o desperdício, além da assunção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos; entre outras.
Sustentabilidade ambiental é uma característica que assume toda pessoa ou instituição que se importa com a continuidade da vida no planeta!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Plantação de árvores se torna solução para mitigar efeito estufa

Em tempos de aquecimento global, plantar árvores passou a ser um bom negócio, principalmente para quem quer compensar os gases de efeito estufa emitidos nas mais diferentes atividades do dia-a-dia.

Você já se deu conta de que quase tudo o que a gente faz resulta na emissão de gases de efeito estufa? Principalmente o tal do dióxido de carbono, mais conhecido como CO2.

Um carro flex, com motor 1.4, que roda 100 quilômetros por mês, emite 110 quilos de CO2. Uma ponte aérea São Paulo – Rio de Janeiro, ida e volta, é rapidinha, mas lá se vão 130 quilos de gás carbônico por pessoa.

Se você paga R$ 100 de conta de luz por mês, está emitindo mais 150 quilos. Só esses três exemplos dão um total de 390 quilos de CO2. Ou seja, você precisaria plantar duas árvores para compensar essa emissão e esperar de 30 a 40 anos até elas ficarem adultas para ficar quite com a atmosfera.

A conta é complexa. Os especialistas usam a chamada calculadora de CO2, que faz a conversão dos gases emitidos em árvores que precisam ser plantadas para compensar o dano. Se for espécie nativa da Mata Atlântica, por exemplo, cada árvore é capaz de estocar em média 190 quilos de dióxido de carbono na fase adulta.

É possível fazer a conta para qualquer atividade, e já tem quem faça isso. A Iniciativa Verde, por exemplo, foi uma das pioneiras neste mercado. Já plantou quase 500 mil árvores em mais de mil projetos de compensação.

Seis grandes lojas de uma rede de material de construção espalhada pelo Brasil tiveram os gases de efeito estufa emitidos, quando foram construídas, compensadas com o plantio de árvores. Até o momento, essa conta fechou em 55 mil mudas de árvores plantadas.

“Para cada quilo de concreto produzido, a gente emite para a atmosfera, 100 gramas de gás carbônico. O alumínio já é um material bem mais exigente. Para cada quilo de alumínio produzido, são seis quilos de gás carbônico emitidos para a atmosfera. Então, a gente tem que levar em consideração as particularidades de cada material para fazer a contabilização total de gás carbônico emitida por ordem da construção da loja”, diz Magno Castelo Branco, diretor técnico da Iniciativa Verde.

Aplicando a calculadora de carbono, o uso de 15 mil toneladas de concreto em uma única loja (1.635 toneladas de CO2) resultou no plantio de 8.605 árvores; 324 toneladas de cimento (292 toneladas de CO2) viraram 1537 árvores; e 233 toneladas de aço (247 toneladas de CO2), 1.300 novas árvores.

“Com as seis lojas, nós compensamos em torno de R$ 500 mil”, afirma Andreia Abreu, gerente de projetos e obras – Leroy Merlin. Quem paga pelo serviço acompanha online o crescimento das mudas com direito a imagens de satélite de mapas digitalizados.
A lista dos clientes da organização é grande, e vai de grupos de pagode a editoras de livros e feiras de moda. Todas as árvores são plantadas em áreas degradadas nas margens dos rios.

A reportagem foi a São Carlos, a 230 quilômetros de São Paulo, para conhecer uma das áreas onde a compensação de carbono é feita. Na cidade, os proprietários rurais são obrigados por lei a proteger com vegetação uma faixa com 50 metros de largura dos dois lados dos rios.

São áreas de proteção permanente. Nem todos os proprietários rurais conseguem ou querem cumprir a legislação. “Não tinha nada aqui, era só vegetação de capim. Aqui foram plantadas 4 mil mudas, sendo de 85 espécies diferentes”, diz Flavio Roberto Marchesin, produtor rural.

Flávio mostra com orgulho a floresta que protege o rio responsável por 40% da água servida em São Carlos. De agricultor, transformou-se em parceiro do projeto. É dele o mudário de onde saem as novas gerações de árvores que vão esverdeando aos poucos as propriedades dos vizinhos.

O sítio acolhe um centro ambiental onde os alunos das escolas da região agendam visitas para ver de onde vem a água da cidade, como transformar o lixo orgânico em adubo e, finalmente, a lição mais esperada do dia, como plantar a árvore.

Da tranquila zona rural, para o ronco dos motores de Rio Claro, a 150 quilômetros de São Paulo, a locadora de carros lançou a ideia em 2009. “A empresa passa para nós um relatório das locações. A gente faz o calculo total de quilômetros, que foram percorridos com cada tipo de veículo, e a gente chega no total de emissões”, diz o diretor executivo Leandro Aranha.

“Eu acho que é você incentivar e buscar uma consciência nas pessoas que alugam, então não é uma coisa obrigatória. A gente dá a possibilidade de a pessoa escolher participar do programa. Eu acho que o resultado é bem satisfatório”, diz Marcela Moreira, diretora de marketing – Movida Rent a Car.

E quando se trata de um mega evento como as Olimpíadas? O Brasil assumiu o compromisso de compensar as emissões dos jogos de 2016. Segundo o secretário do Ambiente, serão plantadas 24 milhões de árvores até dezembro de 2015.

No mapa, aparecem as metas assumidas pelas dez maiores empresas do estado. No site, o plantio feito por voluntários é atualizado online. “Esses 24 milhões provavelmente vão abater as emissões da Olimpíada e também as emissões da Copa do Mundo. Vão ser três em um. Com a mesma árvore, você capta carbono, protege o recurso hídrico e expande os corredores de biodiversidade”, afirma Carlos Minc, secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro.

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Fonte: Site Mundo Sustentável.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Melhor cidade do mundo para morar agora é neutra em carbono

Melbourne, na Austrália, não está satisfeita em ser apenas a cidade com a melhor qualidade de vida do mundo. Agora, a capital do estado de Vitória quer virar referência em sustentabilidade. Seus esforços já rendem frutos. A cidade aderiu em peso à compensação de emissões e conquistou o selo “carbono neutro”.

Isso significa que as emissões de CO2 provenientes de suas atividades são devidamente quantificadas, através de um inventário de emissões, e uma ação de compensação ambiental é realizada na mesma proporção para neutralizar o que foi emitido. O certificado foi concedido pelo Low Carbon Australia, organismo certificador oficial do governo.

No núcleo de redução de emisões da cidade estão quatro áreas-chave: comércio, residências, transporte público e setor energético. A prefeitura local trabalha com os proprietários de edifícios comerciais e moradores de apartamentos para diminuir seu uso de energia água e melhorar a gestão e reciclagem de resíduos.

Além disso, a cidade também está ajudando as empresas a melhorar a eficiência energética dos seus edifícios. Não para aí. Os moradores da cidade são estimulados a assumir um estilo de vida mais sustentável através da expansão da rede de ciclovias e incentivo ao uso de transporte público.

“Já somos uma das cidades com mais qualidade de vida do mundo, agora nosso desafio é garantir que sejamos uma das mais sustentáveis”, comentou o conselheiro para questões ambientais Arron Wood”. Outras cidades da Austrália já conquistaram o selo, a exemplo de Yarra, também no estado de Vitória, e Sidney.

Melbourne, na Austrália 
Fonte: Site Mundo Sustentável

terça-feira, 19 de março de 2013

Ricardo Abramovay: Não a melhor do mundo, mas sim a melhor para o mundo

As mais importantes certificações socioambientais existentes até hoje concentram-se em produtos ou em procedimentos produtivos. No caso do Forest Stewardship Council (o FSC, bastante conhecido no Brasil), por exemplo, o que se assegura é que a madeira ou a celulose foram produzidas em condições que não ferem o meio ambiente e respeitam a dignidade dos trabalhadores do setor.

Um selo orgânico garante que não foram usados fertilizantes químicos ou agrotóxicos no cultivo dos produtos. O “fair trade” (comércio justo) assegura boas condições de trabalho e termos de troca que, mais do que reflexos da oferta e da demanda, embutem a preocupação explícita de que uma parte significativa dos lucros da cadeia em questão vá aos que se encontram na base de sua pirâmide social.

Além destes selos, existem também organizações globais (como o Global Reporting Initiative), que auxiliam as empresas a elaborar relatórios voluntários pelos quais seus acionistas e os principais atores que com elas se relacionam possam conhecer seu desempenho socioambiental. É um fascinante processo evolutivo que já se encontra em sua quarta geração e que inclui um exame cada vez mais aprofundado de diferentes dimensões da atividade das empresas que dele participam.

Nenhuma dessas iniciativas, entretanto, tem objetivo tão ambicioso como o daquela que se formou nos Estados Unidos em 2006 e que hoje existe em 24 países, abrangendo 60 setores econômicos e mais de 700 empresas: Benefit Corporation é um movimento empresarial que se define explicitamente pela missão de usar o poder dos negócios para resolver problemas socioambientais. Esse movimento ganhou tal força que acabou por gerar uma legislação específica que prevê direitos e obrigações para empresas que assumam os compromissos de uma Benefit Corporation.

Não se trata apenas de atestar a qualidade de um produto ou de um processo produtivo, o que, sem dúvida é muito importante. Tampouco se trata de relatar os avanços graduais feitos por grandes organizações no que refere à emissão de gases de efeito estufa ou ao uso de água. O que marca o sistema Benefit Corporation não é, tampouco, algum atributo técnico ou científico que tenha revolucionado os próprios parâmetros de avaliação do comportamento empresarial.

O segredo da Benefit Corporation é que, embora se trate de um compromisso voluntário, uma vez assumido, ele passa a ter força legal, como explica Maria Emilia Corra, empresária chilena. A empresa se compromete a ser avaliada por um corpo independente que verifica se, de fato, ela tem um impacto material e significativo naquilo que se propõe a fazer. E este compromisso torna-se uma obrigação jurídica.

Se, por exemplo, a empresa Benefit Corporation passar por uma situação difícil em que ela queira adiar o cumprimento de seus compromissos socioambientais para preservar sua rentabilidade, sua direção pode ser processada e punida formalmente por descumprimento de cláusulas contratuais tão poderosas quanto a própria geração de lucros.

O Chile já está discutindo uma legislação em que esse tipo de empresa possa enquadrar-se. E certamente essa discussão também terá lugar no Brasil, onde já existe aquilo que nos países de língua espanhola vem sendo chamado de “empresas B”. A que está agora articulando a montagem do sistema no Brasil é o CDI, empresa voltada para a inclusão digital e cujo site vale a pena ser visitado.

Guayaki, por exemplo, é uma empresa que atua no mercado norte-americano de refrigerantes e que tem como objetivo não apenas remunerar os acionistas, sem provocar destruição ou respeitando as leis, mas, mais que isso, regenerar a Mata Atlântica e valorizar o trabalho dos agricultores que cultivam a erva-mate. Seu site mostra o avanço já obtido nessas duas direções. Uma empresa chilena de construção fez da reinserção social de presidiários comuns uma das bases de sua atuação, com resultados impressionantes.

O mecanismo lembra a iniciativa do navegador mitológico Ulisses que, ávido para escutar o canto das sereias, mas sabedor de que tal melodia, fatalmente, atraía o ouvinte para o fundo do mar, cria um ardiloso artifício: tapa o ouvido de todos os membros da tripulação e amarra-se a um mastro do navio. Assim pode deleitar-se com o que ouve e, ao mesmo tempo, quando implora desesperado a seus companheiros que o deixem partir, seduzido pelo som encantador das sereias, estes não têm como cumprir suas ordens.

Ao se tornar uma Benefit Corporation, a empresa faz mais do que certificar um aspecto de suas atividades ou relatar o quanto evoluiu em suas práticas: ela assume um compromisso com parâmetros de desempenho que envolvem sua governança e sua transparência, a relação com seus empregados, com fornecedores, com clientes, com entidades beneficientes, com o território em que se situam, além de uma série de parâmetros ambientais. O importante é que a decisão de adotar esses compromissos com força legal acaba por nortear o próprio processo de inovação da empresa em direção a práticas socioambientalmente sustentáveis.

Nos Estados Unidos, em que as leis referentes à relação entre empresas e acionistas são estaduais, 11 Estados já possuem legislação prevendo esta forma de organização empresarial e espera-se que, ainda neste semestre, Delaware (onde se concentra grande número de corporações norte-americanas) também passe a permitir este tipo de firma.

Um novo modelo de organização empresarial está surgindo e seu lema é muito emblemático: não se trata de ser a melhor do mundo, mas de ser a melhor para o mundo. Isso significa algo decisivo para o empreendedorismo que é uma redefinição do próprio sentido do êxito nas sociedades e nas economias contemporâneas.

Quando as empresas B se difundirem largamente, a separação entre empreendedorismo social e empreendedorismo privado vai soar como o resquício de uma era em que ainda havia hostilidade entre o mundo da economia e as aspirações da sociedade.
 Fonte: Folha de São Paulo.

 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Revolução energética já é realidade

Conheça em números atualizados o espetacular avanço das fontes limpas e renováveis de energia em alguns dos mais importantes países do mundo. E o Brasil nessa, como fica?



 Chegam de diferentes partes do mundo sinais cada vez mais evidentes de que os investimentos em fontes limpas e renováveis de energia vão modificando com rapidez surpreendente a configuração da matriz energética. Durante o carnaval, com o Brasil ainda sob o reinado de Momo, a Associação de Energia Eólica da China informou que o vento ultrapassou em importância a energia nuclear naquele país. Segundo o comunicado, em 2012 ageração eólica alcançou a marca de 100 bilhões de quilowatt-hora (Kwh) fazendo com que o vento assumisse a terceira posição no ranking da matriz energética chinesa, atrás do carvão e da hidroeletricidade. O objetivo do governo de Pequim é fazer com que a energia eólica cresça mais de 50% até 2015.

Enquanto os chineses celebravam o feito, os norte-americanos comemoravam um outro recorde: 2012 entrou para a história como o ano que os Estados Unidos mais investiram em energia eólica. Com o acréscimo de 13,1GW de capacidade instalada na rede (o vento foi a fonte de energia que mais cresceu ano passado naquele país) o país evita a emissão de 96 milhões de toneladas de C02 por ano, ou 1,8% das emissões totais. De acordo com a Associação de Energia Eólica dos Estados Unidos, os aerogeradores já produzem energia suficiente para abastecer 14,7 milhões de lares. E os investimentos prosseguem no embalo do segundo mandato do presidente Barack Obama, que na terça-feira “gorda”, enquanto os foliões se esbaldavam no último dia de carnaval por aqui, renovava seus compromissos em favor de novas fontes de energia no tradicional discurso Estado da União, no Congresso americano. Obama propôs uma nova legislação para reduzir ainda mais as emissões de gases estufa, sugeriu a criação de um fundo que financie o desenvolvimento de novas tecnologias para carros e caminhões, “para que eles deixem de usar petróleo para sempre” e lançou como meta para os próximos vinte anos cortar pela metade o desperdício de energia nas casas e empresas americanas.

Do outro lado do Oceano Atlântico, no velho continente, os espanhóis iniciaram o ano batendo um novo recorde de produção de energia eólica (em 16/1) com mais de 345 mil MWh em um único dia. De acordo com as autoridades locais, a marca equivale a quase 40% de toda geração de energia no país naquela data, incluindo todas as demais fontes renováveis, nuclear e fósseis. O vento dominou a matriz energética durante mais de dez horas, superando neste período os 14 mil MW.

Na Austrália, maior exportador mundial de carvão (onde este recurso é abundante), a produção de energia eólica já se tornou mais barata que a gerada por termelétricas a carvão ou gás. Segundo o diretor da Bloomberg New Energy Finance (BNEF), Michael Liebreich “a energia limpa é um agente de transformação que promete virar de cabeça para baixo a economia dos sistemas de energia”.

Outro país que também festejou muito os resultados de 2012 foi a Alemanha. No ano passado, o país registrou um aumento de 45% na produção de energia solar, recorde histórico. Graças à instalação de mais 1,3 milhão de sistemas fotovoltaicos, 8 milhões de residências foram abastecidas com energia solar naquele país. O diretor da Associação da Indústria Solar da Alemanha afirmou que os investimentos no setor quadruplicaram nos últimos três anos. Com a produção em escala, o preço das placas fotovoltaicas caiu pela metade. Merece registro o fato de que a Alemanha é um país com muito menos radiação solar do que o Brasil.

Falando em Brasil, avançamos na expansão da energia eólica em nossa matriz energética (o número de pessoas beneficiadas pela energia do vento no país é de aproximadamente 12 milhões) e no crescimento dos coletores solares para aquecer a água do banho (já são mais de 2,5 milhões de coletores instalados). Mas não há ainda política definida para a produção de energia elétrica a partir do sol. Fala-se abertamente no governo na inclusão das térmicas a óleo, carvão e gás (hoje acionadas apenas em períodos de forte estiagem) na matriz energética. Também se discute a construção de novas usinas nucleares, a exploração do gás de xisto e, por fim, a construção de novas hidrelétricas em áreas de floresta na Amazônia.

Se temos em nosso favor o privilégio de poder realizar escolhas (na maioria dos países o cardápio de opções energéticas é bem mais restrito que aqui), importa agir com inteligência, visão de longo prazo, e considerar as novas diretrizes que regem os investimentos globais em energia. Em resumo: fontes fósseis (ainda muito importantes e prevalentes no mundo) perdem progressivamente prestígio e importância (o Brasil do pré-sal é uma das exceções). E pela velocidade com que os países desenvolvidos investem em inovação tecnológica na direção de fontes mais limpas, a “descarbonização” da matriz energética parece ser o norte magnético da bússola. Certo é que as escolhas que o Brasil fizer nos próximos anos serão determinantes para a maior ou menor inteligência de todo o sistema elétrico do país para além do século XXI.
Fonte: G1 – Coluna Mundo Sustentável