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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A máfia do lixo

  Lixo é assunto de prefeito. É dele a responsabilidade pelo sistema de coleta, transporte e destinação final dos resíduos. Invariavelmente os prefeitos recorrem a serviços terceirizados para cumprir essas funções. Editais mal formulados de licitação, falta de transparência e fiscalização deficiente compõem o cenário que tornou o lixo – não apenas no Brasil mas em boa parte do mundo – um chamariz de corruptos. 

                   O mercado se baseia no peso do lixo. Cobra-se pela tonelada de resíduo transportada de caminhão (as empresas do setor são remuneradas com base em estimativas de carga nem sempre precisas) e pela tonelada de resíduo que dá entrada em aterros sanitários (onde balanças rodoviárias deveriam aferir o peso e cobrar pelo descarte). Para cada tipo de resíduo há um valor específico, dependendo da  periculosidade da carga. O custo da tonelada de resíduos industriais perigosos,por exemplo, pode chegar a mil reais, enquanto o lixo domiciliar flutua numa faixa de quarenta reais. 

                   Não é difícil imaginar porque a maioria dos prefeitos no Brasil – sem o amparo de uma boa assessoria técnica – ainda destinem seus resíduos em vazadouros clandestinos. Invariavelmente eles herdam o problema de seus antecessores, temem os custos inerentes a destinação correta dos resíduos, e mantém a rotina criminosa de descartar o lixo em lugar impróprio alugando o serviço de uma empresa de transportes pelo preço médio de cinco reais a tonelada. Há também a presunção de que cuidar bem do lixo não dá voto, além do risco de não conseguir resolver o problema até o fim do mandato. Em resumo: melhor deixar tudo como está, ainda que uma nova Lei Federal – a Política Nacional de Resíduos Sólidos – estabeleça o prazo limite de 2014 para a existência de lixões em território nacional. 

                 É preciso deixar claro que todas as ações em favor da destinação inteligente dos resíduos (reciclagem do lixo seco, compostagem do lixo úmido, reaproveitamento de entulho, produção de energia, etc.) encontra forte resistência de prefeitos mal informados, incompetentes ou que agem de má fé por obterem alguma recompensa ilícita despejando o lixo em vazadouros. Estes encontram o apoio de empresários que se locupletam das estimativas grosseiras – invariavelmente arredondadas para cima - do peso de lixo que levarão em seus caminhões sabe lá Deus pra onde. 

                  Ainda que o município disponha de um aterro sanitário – ou tenha a opção de descartar o lixo num depósito credenciado no município vizinho -  pode-se coletar o material e evitar a cobrança feita pelo aterro (os recursos ajudam a cobrir os custos do tratamento dos gases e do chorume, além do manejo adequado dos resíduos) despejando em outro lugar qualquer onde ninguém flagre o lançamento e nem cobre por isso. A  situação é particularmente grave quando se trata dos “Resíduos Classe 1″, também chamados de resíduos perigosos, por terem as seguintes características definidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) : “inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade”. Lixo hospitalar e resíduos industriais, por exemplo, se enquadram nessa categoria.

                Por razões óbvias, tanto o transporte quanto a destinação final desse lixo perigoso determinam cuidados especiais e custos elevados, razão pela qual a tentação de não seguir a risca o que determina a lei para economizar uns trocados é gigantesca. Como o Brasil é um país continental, há muitas rotas de fuga para despejar esses resíduos em lugares inadequados, com enormes riscos à saúde humana e ao meio ambiente. É expressiva a quantidade de áreas contaminadas nas cercanias das zonas industrias do Brasil. A Rede Latino Americana de Prevenção e Gestão de Sítios Contaminados (Relasc) disponibiliza farto material a respeito no site da entidade http://www.relasc.org/  Apenas no Estado de São Paulo existem 2272 áreas comprovadamente contaminadas.

                   Esse problema não seria tão preocupante se houvesse vontade política para fiscalizar caminhões e carretas e cobrar dos respectivos motoristas o “manifesto de resíduos”, uma declaração exigida por lei que especifica origem, destino e classificação do lixo transportado.Cabe aos órgãos ambientais estaduais a devida fiscalização desses materiais. Mas, aqui entre nós, alguém parece preocupado com isso? E os seus candidatos a prefeito e a vereador? Qual a posição deles sobre tudo isso? Em tempo de eleições municipais, convém prestar atenção de que lado eles estão. Esse é o tipo de assunto sobre o qual não dá para ficar em cima do muro. Quem está a favor da máfia do lixo, está contra você e a sua cidade.

 

sábado, 22 de setembro de 2012

Washit usa água do chuveiro para lavar roupa

Quatro estudantes turcos criaram um chuveiro inteligente, o Washit. O dispositivo consegue reaproveitar os recursos gastos durante o banho para lavar roupa.

O equipamento foi criado pelos designers Ahmet Burak Aktas, Salih Berk Ilhan, Adem Onalan e Burak Soylemez. Inicialmente, o Washit era apenas um projeto acadêmico, até que a equipe venceu um prêmio internacional de design.

O Washit tem o visual de um chuveiro com uma máquina de lavar roupa acoplada em um de seus lados. O aparelho tem um sistema de encanamento fechado com duas bombas de água, um aquecedor, uma unidade de armazenamento e três filtros de água: de carbono, dejetos orgânicos e químicos. Isso garante a pureza da água usada para lavar roupa.

Enquanto o usuário toma banho, o equipamento recolhe a água residual do banho. Ela passa pelos filtros e é encaminhada para o tanque de armazenamento. Depois disso, ela pode ser usada novamente para lavar roupa ou para o próximo banho.

Portanto, o Washit garante economia e um desperdício menor de água. Afinal, chuveiros e máquinas de lavar estão entre os principais responsáveis pelo gasto de água, um recurso que precisa ser preservado.

Os criadores acreditam que o equipamento pode ser usado em escala doméstica e em banheiros públicos. Porém, a produção em larga escala do Washit ainda está distante de virar realidade.

Washit

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Transformando Edifícios Comuns em Edifícios Verdes

Os fenômenos provocados pelo aquecimento global acabaram convencendo a humanidade de que algo muito grave esta realmente acontecendo com nosso planeta. Reservas antigas e perenes de água simplesmente secaram e populações inteiras começaram a ter que percorrer grandes distâncias para que fosse possível beber um simples copo de água.
Nas grandes cidades e metrópoles, começaram a imaginar uma forma de garantir que os prédios e os condomínios, cada vez maiores e mais populosos, fossem capazes de promover uma certa economia de água e energia elétrica. Assim, nasceu o conceito dos edifícios verdes: construções cuidadosamente elaboradas para que fossem capazes de promover essa economia e, além disso, garantissem que os materiais usados na construção fossem todos (ou em grande parte) provenientes de áreas de extração ou de fabricação certificadas e que não agredissem o meio ambiente, garantindo assim, toda a sustentabilidade de uma cadeia produtiva que acabaria na construção desses edifícios verdes.
E eles começaram a aparecer aqui e ali, logo estando por toda parte nos países mais desenvolvidos e aqui em nosso país começam a assumir uma importância significativa no cenário da construção civil e das vendas de imóveis residenciais e comerciais.
Mas, ao mesmo tempo em que os edifícios verdes se tornavam os queridinhos dos compradores, dos construtores e dos ambientalistas surgiu a dúvida sobre o que fazer com os milhões de prédios comerciais e residenciais já construídos e que não tinham nada de sustentáveis ou verdes.
Foi justamente para vencer esse dilema que surgiu a perspectiva de estudar-se uma forma de incluir pelo menos alguns elementos que pudessem reduzir o consumo nessas unidades e seu impacto no meio ambiente das cidades em que estavam construídos.
A ideia de tornar prédios comuns em edifícios verdes foi testada com sucesso na Europa e logo se espalhou para o mundo todo.
Como uma bola de neve ecológica, as mudanças simples e que tornaram os prédios mais antigos em edifícios verdes mais eficientes e menos poluentes, espalharam-se e começam a ser adotadas também aqui entre nós.
A mudanças vão desde pequenas medidas como a instalação de sensores de presença nas escadas, corredores e áreas comuns para que promovam uma economia significativa nos gastos com energia elétrica até a instalação de caríssimas placas fotovoltaicas para substituir toda ou parte da energia elétrica usada no edifício por energia sustentável.
Da mesma forma, mudanças no fluxo de água das descargas, com instalação de novas válvulas econômicas e mais eficientes, a reciclagem do lixo produzido nas unidades habitacionais e a reciclagem de água ou a captação de chuvas para utilização em jardins e na lavagem das áreas comuns reforçam significativamente a capacidade dos edifícios de interagirem melhor com o meio ambiente e promoverem um nível de poluição e emissão de gases do efeito estufa muito menor.
Desta forma, estes são transformados, se não completamente, em parte, em edifícios verdes com grande potencial para garantir uma boa qualidade de vida para os seus moradores.

Edifício Verde

domingo, 12 de agosto de 2012

Sustentabilidade: A palavra do momento.

A palavra de ordem do mundo, hoje, é sustentabilidade. Ela, no entanto, pode apresentar diversas definições e ramificações, como sustentabilidade social, urbana, rural, ambiental, turística, econômica, etc. Mas, de forma geral, o conceito já está incorporado nas grandes discussões, por todo o mundo. Foi, ainda, uma das palavras chaves na Rio +20, que aconteceu este ano, na cidade do Rio de Janeiro. 

A sustentabilidade, dessa forma, vem sendo debatida em larga escala e passou a fazer, ainda mais, parte da pauta e do debate sobre as ações da sociedade, sejam estas ações vindas do Poder Público, da Iniciativa Privada ou do Terceiro Setor. 
 
O Setor do Turismo também deve dar sua contribuição ao debate. Diversas ações,  regionais, estaduais, federais ou internacionais têm surgido para dar respostas à demanda por políticas públicas alinhadas aos conceitos de Sustentabilidade. 
 
Como exemplo, cita-se o Fórum de Turismo Sustentável Catartas & Caminhos. Trata-se de uma Instância de Governança Regional, formada por representantes das instituições dos municípios da chamada Região Turística e tem o papel de coordenar o Programa de Regionalização, do Ministério do Turismo. Assim, o Fórum busca o desenvolvento turístico regional integrado e sustentável, entendendo a cooperação como elemento fundamental de gestão de ações visando o desenvolvimento sustentável. 
 
E o POLOIGUASSU é parceiro do Fórum. E em outras importantes projetos. Além disso, ações no setor turístico, como o Turismo de Base Comunitária, a Conferência Municipal de Turismo, o Projeto Trilha Jovem Iguassu, dentro outros, que contam com a participação direta do Instituto, seja como motivador, coordenador ou promotor, estão ligadas ao conceito de sustentabilidade social, econômica e ambiental. 
 
Sustentável pode ser entendida como a sociedade que pensa no futuro, nas gerações futuras, mas agindo no presente, no local, no pontual, mas visando uma visão globalizada do processo, uma visão ampla. No turismo, como em qualquer outra área, é preciso se aparar as arestas individuais e se pensar em uma sociedade melhor.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sustentabilidade – Garanta o Presente sem Descuidar do Futuro

Embora a maior parte da população do mundo já saiba o que é sustentabilidade, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o real significado desse termo e, principalmente, sobre as ações que estão associadas a ele.

Ser sustentável significa equilibrar as necessidades de consumo do ser humano com a capacidade de renovação da natureza. Sem isso, a tendência é o esgotamento de recursos fundamentais como a água, comprometendo o equilíbrio do meio ambiente e as futuras gerações.

Os temas de sustentabilidade mais recorrentes atualmente estão relacionados ao reaproveitamento de água, à destinação correta do lixo e à geração de energia sustentável.

O reaproveitamento de água é um dos temas mais urgentes, até mesmo para nações que contam com esse recurso natural em abundância. Diversas medidas vêm sendo adotadas para reduzir o consumo de água, além de outras que visam à coleta e o tratamento do esgoto para evitar a contaminação de rios e outras fontes.

Outro fator que polui muito o meio ambiente é o lixo produzido pelo ser humano, especialmente nas grandes cidades. Esses resíduos contaminam o solo e as fontes de água, por meio do seu processo de decomposição e pela deposição de produtos químicos oriundos de pilhas, baterias e outros componentes. A coleta seletiva, os processos de reaproveitamento, reciclagem e a destinação adequada do lixo são atitudes necessárias para reverter esse quadro.

Outro tema de grande relevância é a adoção de fontes de energias sustentáveis, uma alternativa sobre as atuais fontes utilizadas em larga escala, que são baseadas na queima de combustíveis fósseis, gerando gases que provocam a poluição do ar.

Mas não são apenas governos e ONGs que precisam tomar atitudes a respeito da degradação acelerada do meio ambiente. Para que as mudanças sejam efetivas, todos os indivíduos devem assumir responsabilidades, adotando hábitos mais sustentáveis em seu dia a dia.

Sustentabilidade

sábado, 30 de junho de 2012

Sustentabilidade da Segurança Social está garantida, mas há “problema de saldo”

O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Marco António Costa, admitiu hoje, em Viana do Castelo, que há um “problema de saldo” na Segurança Social, mas sublinhou que a sustentabilidade do sistema “está, neste momento, garantida”.
 
“A sustentabilidade está, neste momento, garantida, não há razões para alarme. Nós não contribuímos para um debate alarmista na opinião pública nem na sociedade portuguesa”, afirmou o governante, à margem de uma reunião de trabalho com as instituições particulares de solidariedade social do distrito de Viana do Castelo.


Marco António Costa disse que “é público” que a Segurança Social (SS) “tem perdido receitas contributivas”, fruto do crescimento do desemprego, que acarreta também “uma pressão significativa” para as contas da SS, com o pagamento dos subsídios de desemprego.

“Quando há menos receita e mais despesa, há um problema de saldo. Isso não implica imediatamente o salto que está a ser dado, dizendo que está em causa a sustentabilidade da SS”, acrescentou.

O secretário de Estado admitiu que “há matérias que merecem reflexão, estudos, análises”, mas sublinhou que a prioridade do Governo neste momento é “chegar a todos os portugueses que precisam do apoio do Estado, encontrar soluções para ajudar essas pessoas”. 

                                                 

domingo, 10 de junho de 2012

Transforme seu Lar em uma Casa Ecologicamente Correta

Os cuidados com o ecossistema não são exclusividade das esferas políticas ou de Organizações Não Governamentais, mas um dever com o qual toda a sociedade deve se comprometer. Cada indivíduo pode contribuir com a preservação do planeta, adotando hábitos mais sustentáveis como reciclar materiais e reaproveitar a água.
 
O cidadão consciente compreende que pode começar a fazer sua parte com ações simples, implantadas em seu próprio lar, transformando-o em uma casa ecologicamente correta. Essas mudanças de hábitos requerem pouco esforço e proporcionam excelentes resultados para a natureza.

A primeira de uma série de atitudes sustentáveis que podem ser adotadas em sua casa está relacionada com a economia de água. Este é um recurso abundante em nosso planeta, mas as reservas de água potável, aquela que pode ser consumida, são bastante limitadas. Fechar a torneira para escovar os dentes, reduzir o tempo no banho, utilizar lavagem a seco para o carro e incentivar o reaproveitamento da água da lavadora de roupas são algumas dicas para quem deseja atingir esse objetivo.

Outra sugestão é realizar a limpeza da casa com produtos biodegradáveis ou que provocam menores impactos ao meio ambiente. Convém ter cuidado também com os aerossóis, muitos ainda empregam o CFC, um gás nocivo à camada de ozônio.

A destinação correta do lixo é outro aspecto positivo para quem deseja adotar atitudes mais sustentáveis no dia a dia. Plásticos, papéis e metais podem ser reutilizados após passarem pelo processo de reciclagem, por isso, é importante que eles sejam separados do lixo úmido (orgânico) e entregues à coleta seletiva da cidade. Pilhas e baterias também não devem ser dispostas no lixo comum, mas sim entregues em postos de coleta. A mesma regra se aplica às lâmpadas fluorescentes, já que elas possuem mercúrio, um metal pesado capaz de contaminar o solo e o lençol freático.

 Transforme seu Lar em uma Casa Ecologicamente Correta

sábado, 26 de maio de 2012

Como Garantir a Sustentabilidade Ambiental?

Uma pergunta assalta e perturba muitos cidadãos conscientes, autoridades preocupadas com a situação do meio ambiente e as organizações que militam na área: Como garantir a sustentabilidade ambiental nas grandes cidades?

A resposta a essa pergunta atinge um caráter de urgência quando percebemos claramente os sinais de degradação e constatamos que o planeta sente, como nunca, o impacto do peso da vida humana e das ações predatórias longamente praticadas por nós. Manter as bases da economia e o estilo de vida das populações urbanas nos níveis atuais; onde o consumismo desenfreado e o descarte de grandes quantidades de materiais tóxicos e lixo é praticamente a ordem reinante e a lógica por trás de quaisquer ações humanas. Cedo ou tarde, os impactos desse modo de vida se tornarão irreversíveis e populações inteiras sentirão a mão pesada da natureza sobre suas vidas. Vencer as resistências locais e as políticas tradicionalmente aceitas como verdades absolutas; é a missão do novo pensamento que deve se espalhar e dominar as mentes e os corações dos “novos políticos” e do “novo cidadão”.

A grande realidade; é que para garantir a sustentabilidade ambiental nas grandes cidades, devemos praticamente abandonar o modo de vida que experimentamos até hoje e criar devida consciência nas massas e na classe dirigente de que a exploração desenfreada do meio ambiente só levará a destruição do planeta. Num sistema insustentável de produção, os recursos naturais planetários seriam exauridos muito rapidamente e proporcionariam problemas gravíssimos que seriam sentidos com um impacto devastados nos grandes aglomerados urbanos.

Fazer com que a aplicação de políticas garantidoras da sustentabilidade ambiental nas grandes cidades, representa uma realidade em que se leva em consideração à capacidade de reposição que o planeta tem de seus recursos e, ao mesmo tempo, manter medidas que permitam uma maior justiça social. As mudanças que já foram sentidas devem ser estimuladas e seus reflexos plenamente positivos em uma escala pequena; devem servir de exemplo para que nações e governos menores comecem a implementá-las e a sentir seus reflexos cada vez mais intensamente. Conseguir alterar as relações de consumo e educar a população para o real significado das políticas de conservação do meio ambiente pode ser a única forma de garantir a sustentabilidade ambiental de forma efetiva e com resultados em médio e longo prazo.

Fazer com que nossas populações questionem o seu modo de vida e fazê-las entender que se os recursos do planeta não tiverem “a oportunidade” de renovarem-se e de sustentarem-se sob a pressão de uma demanda constante de consumo exacerbado, a vida no planeta como a conhecemos acabará de forma dramática e somente através desse processo de conscientização poderemos garantir a sustentabilidade ambiental. O colapso das grandes cidades e os conflitos sociais e entre países serão inevitáveis e de proporções apocalípticas. Sendo os “vitoriosos” sobreviventes herdeiros de uma terra exaurida e devastada; incapaz de sustentar a vida e inútil para qualquer um de nós; ricos ou pobres.

Um dado estatístico pode corroborar muito bem essas relações problemáticas e perigosas entre populações urbanas e recursos naturais. Basta saber que para sustentar apenas um quarto da população mundial que habita nos países ricos, são necessários três quartos de todos os recursos naturais do planeta. Por essa simples constatação; pode-se perceber claramente que será impossível fornecer os recursos necessários para que todos os seres humanos possam atingir um padrão de vida razoável no ritmo de consumo atual. Somente com o desenvolvimento sustentável será possível garantir a sustentabilidade ambiental e com isso podermos reverter nossa atual situação.
Pense nisso.

 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Contribua com o Meio Ambiente com Atitudes Sustentáveis

O meio ambiente é o conjunto de todas as criaturas vivas e não-vivas do planeta. Engloba desde vírus e bactérias a grandes construções feitas pelo homem. A quantidade de ambientes no planeta é tão grande quanto suas possibilidades, sejam elas naturais ou não. Os centros urbanos são um exemplo de ambiente não-natural, visto que quase tudo foi construído pelo homem. Com o aumento das cidades, as consequências que essas construções trazem para a humanidade são enormes, como a destruição de ecossistemas importantes para manter o equilíbrio da vida na Terra.

Para combater essa ameaça que avança ano após ano, diversas organizações visam a conscientização ecológica da população, de modo que se realizem novas iniciativas com o intuito de ajudar o meio ambiente, e não agredi-lo ainda mais. No início do século XXI, a união dessas atividades ficou conhecida como sustentabilidade. Derivando-se do termo, as atitudes sustentáveis são as práticas que a sustentabilidade propõe, mostrando como o planeta pode ser muito melhor se a população se mobilizar. Uma vez que a conscientização ecológica seja adquirida, essas atitudes tornam-se habituais.

Podemos exemplificar algumas atitudes sustentáveis básicas a serem realizadas nos meios urbanos, que podem ser facilmente aplicadas no dia a dia. A reciclagem de lixo é uma delas: separando o material de acordo com sua utilidade, você possibilita que muitos resíduos sejam reaproveitados, impedindo que eles sejam lançados na natureza. Outra atividade sustentável é andar de bicicleta em vez de utilizar o carro sempre que precisar se locomover. Além de diminuir o número de veículos na rua, o que reduz as emissões de gases poluentes no ar, você cria o hábito de praticar exercícios físicos regularmente, trazendo benefícios não só para o planeta, como também para a sua saúde.

Reciclagem

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Meio Ambiente – Preservação Unida a Sustentabilidade

O meio ambiente sofre com os atos da humanidade há muito tempo. Os recursos hídricos têm sido muito usados como área de despejo para os restos de nossas produções, como lixo e dejetos industriais. Além dos rios, lagos e outros recursos, o clima é outra vítima do descaso humano, devido à grande quantidade de gases poluentes lançados na atmosfera diariamente. Outro fator que prejudica muito a natureza é a devastação das florestas naturais do planeta, o que altera profundamente o ecossistema.
 
Por conta de todos esses excessos que a humanidade tem praticado, a sustentabilidade ambiental passou a ser o objetivo de várias estruturas sociais preocupadas com o andamento dos acontecimentos e com as futuras gerações. Algumas empresas já adotam alternativas para conter o abuso ao meio ambiente, como reciclagem de produtos e matérias-primas, melhor despejo de lixos, uso de produtos menos agressivos ao ecossistema, entre outras metas.

Porém, não são só as empresas que precisam adotar medidas de preservação. As atitudes sustentáveis também têm que partir das camadas sociais e de atos individuais. O uso de sacolas retornáveis ao invés de sacolas plásticas para compras no mercado é uma medida que pode ajudar a alterar os rumos do ecossistema, já que as sacolinhas demoram mais de 100 anos para decompor-se a natureza. Além desse fato, elas podem entupir bueiros e matar animais por asfixia, caso sejam colocadas no meio ambiente.

Outra medida importante é o uso reduzido de automóveis e outros meios de locomoção. A opção por meios coletivos e outros que não agridam o clima e o ecossistema, como bicicletas, são alternativas que ajudam conter a agressão ao planeta. Não despejar óleo e outros compostos dessa natureza no meio ambiente, reciclar o lixo de casa e jogar baterias e outros materiais pesados em lixos especiais também são medidas que diminuem o impacto sobre a natureza.

 Meio Ambiente Sustentável

sábado, 7 de abril de 2012

Sustentabilidade – Conheça os Vários Tipos e Definições

A preocupação com a natureza e a sobrevivência do planeta virou meta de várias estruturas sociais. Devido a essa preocupação surgiu o termo sustentabilidade, o qual busca meios de adotar atitudes no cotidiano que sejam menos agressivas ao planeta. Hoje, a definição de sustentabilidade ganhou uma proporção bem mais ampla, e o termo é empregado em diversas ocasiões, expressando o intuito de ser mais ambientalmente correto.

A sustentabilidade social, por exemplo, conceitua uma vida mais equilibrada que envolva de forma harmônica todas as camadas sociais existentes, proporcionando acesso à cultura, à educação e à renda a todos os cidadãos. Com igualdade social e equilibro entre os envolvidos, a sustentabilidade social diz que se cria uma corrente que influenciará as futuras gerações. A participação e a organização popular são imprescindíveis para a construção da sustentabilidade social.

O outro tipo de sustentabilidade, a ambiental, como já foi informado, foi que deu origem ao termo. Ela afirma que todos devem ter condutas mais equilibradas no dia a dia, como degradar menos o ambiente, fazer o uso de poucos ou nenhum recurso que agrida diretamente a natureza, optar por transportes coletivos ou bicicletas, entre outras atitudes.

A sustentabilidade empresarial prevê um maior equilíbrio das atitudes da empresa com o meio ambiente. Com a profunda crise financeira, certos setores empresariais implantaram esse conceito em suas empresas, visando uma melhora financeira e estima no mercado. As empresas que adotam a sustentabilidade devem realizar práticas que sejam positivas para 3 fatores: o ambiental, o social e o econômico.

Há ainda a sustentabilidade cultural, que visa preservar o respeito dos valores e tradições de cada povo, a sustentabilidade espacial, que conceitua o equilíbrio entre o rural e o urbano e as migrações, a adoção de práticas mais ecologicamente corretas no meio agrícola e a desconcentração das metrópoles, entre outros tipos.

Mundo Sustentável

domingo, 25 de março de 2012

Produtos Sustentáveis – Podem Ajudar Você e o Meio Ambiente

Vivemos em uma sociedade que prioriza o consumismo em massa de muitos produtos, como aparelhos altamente tecnológicos, brinquedos ou mesmo alimentos, o que acaba por degradar a consciência de um mundo mais estável ecologicamente. Porém, com a série de catástrofes e problemas ambientais causados por esse consumismo, algumas das maiores empresas do mundo, ONGs, e a própria população de algumas cidades têm tomado diversas atitudes para garantir um maior equilíbrio com a natureza, o que foi chamado de sustentabilidade.

Apesar de muitas pessoas considerarem a sustentabilidade apenas uma série de atitudes pequenas para ajudar a natureza, ela engloba muito mais objetivos, como o próprio desenvolvimento tecnológico e táticas para manter um consumo mais equilibrado que não agrida o meio ambiente. Pensando desta forma, várias empresas e ONGs incentivam a criação de produtos sustentáveis, sejam eles novas tecnologias em comunhão com a natureza ou novas maneiras de utilizar materiais já existentes que acabam indo para o lixo por não ter um propósito.

No campo da tecnologia, já foram inventadas diversas peças interessantes, como o curioso Ray, ou Recharge Naturally, aparelho utilizado para recarga de aparelhos como smartphones, celulares ou computadores que possuam entrada USB, captando a energia solar e usando-a para carregar os aparelhos. A rede colaborativa que fabrica o Ray, a Quirky, também possui diversos outros materiais, os quais estão disponíveis em seu site.

Quanto aos materiais já existentes, é possível utilizá-los de várias formas, basta usar a imaginação. Um dos materiais mais versáteis para a produção de produtos sustentáveis é o plástico, em todas as suas formas. Com pneus, por exemplo, é possível fazer vasos para plantas e hortas, acessórios para roupas como cintos e pulseiras, solas de sapatos e várias outras coisas. É possível criar também origamis, famosas miniaturas orientais feitas de papel.

 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Prefeitos terão que inovar para eliminar lixões

A inovação deverá estar presente no debate das eleições municipais este ano, principalmente no que se refere ao tratamento dos resíduos sólidos urbanos, pois os desafios enfrentados pela maioria dos 5.500 municípios brasileiros são enormes se quiserem atender à demanda da população e à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

A formação de consórcios, novos caminhos para os resíduos, parcerias público privadas, taxas e novos meios de financiar terão que ser elencadas entre as soluções, segundo um guia elaborado pela consultoria Pricewaterhouse Coopers (PwC) para a Associação Brasileira de de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABPL) e o Sindicato da Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo.

Publicado no final de 2011, o guia faz um diagnóstico conhecido do situação atual: os governos locais não conseguem acompanhar o crescimento de geração de resíduos que veio com o desenvolvimento econômico e a urbanização. Só para ilustrar, desde 2000, a geração resíduos urbanos cresceu 90% enquanto a população cresceu 12%. Hoje, 60% dos municípios dão destinação final inadequada aos resíduos urbanos em lixões e aterros controlados; a taxa de reciclagem destes resíduos não passa, salvo exceções, de um dígito; os recursos públicos destinados a estes serviços são insuficientes; as grandes cidades como São Paulo não têm mais lugar para depositar os resíduos.

No entanto, a PNRS é categórica: até 2014 todas as cidades no Brasil terão que eliminar os lixões, apresentar planos de gestão integrada de resíduos até agosto de 2013, aumentar a taxa de reciclagem e incluir os catadores no processo. Outras responsabilidades como logística reversa e do gerador pagador são de responsabilidade das empresas e dos próprios cidadãos.

“Será um desafio político, tecnológico e de conhecimento técnico,” lembrou Carlos Rossin, diretor da área de sustentabilidade da PwC e um dos coordenadores do estudo. “A maioria dos municípios não tem escala e nem conhecimento técnico para elaborar e implementar um plano, portanto vão ter que se consociar”.

Mas, apesar de Rossin afirmar que não há receita de bolo, uma análise de experiências na mesma área mostra como o Brasil se diferencia, negativamente, dos outros países. No Brasil, cada habitante paga em média R$88 por ano pelos serviços de limpeza urbana – que envolvem coleta de resíduos e varrição nas ruas. A média mundial é de R$429 por habitante por ano. Em Buenos Aires se gasta mais que a média brasileira com cerca de R$140 e os habitantes de Tóquio pagam mais de R$1000 por ano.

Mesmo assim, no Brasil, a limpeza pública consome em média de 6% a 15% dos orçamento municipais, que cobrem entre 40% a 50% do custos do serviço, revelou Rossin.
Na opinião de Rossin, há uma explicação fundamental por esta diferença: na maioria dos outros países a questão de limpeza urbana, resíduos e saneamento é tratado integralmente como saúde pública.

LIMPEZA PÚBLICA E SAÚDE PÚBLICA

“Já existe a percepção nos países de que cada real gasto com limpeza pública ecomomiza-se 4 reais no orçamento da saúde. É uma economia brutal”, alertou.

A outra questão, também conceitual, é a incorporação de novas tecnologias de coleta, triagem e reciclagem dos resíduos. As soluções atuais – coleta, processamento e destino final – seja ele para reciclagem compostagem ou até para geração de energia – já estão contabilizadas. No entanto, os municípios têm que começar a prever a incorporação de novas tecnologias que virão a ser desenvolvidas e essenciais, o que é custoso e deve ser incorporado no orçamento público.

“Para mexer com novas tecnologias teremos que ter uma arrecadação de quatro a cinco vezes maior que o custo [operacional],” explicou, citando a experiência de Barcelona que já trabalha com novos sistemas dutos locais para coletar os resíduos das casas e apartamentos.

Na cidade espanhola, o sistema combina tubos e sucção separados por tipo de resíduos. O guia explica: “Separados por escotilhas com cores diferentes relativas a cada matéria, as bocas do lixo estão presentes em várias áreas da cidade e em prédios e dependem dos moradores para que estes coloquem em cada uma dessas escotilhas o resíduo específico”. Os resíduos são coletados em contêineres subterrâneos estratégico de onde os caminhões de coleta os retiram de uma forma automatizada. Além disso, a taxa 12 Euros mensais pode ser descontada à medida que cidadão participa do sistema de coleta seletiva. Os dispêndio anual de cada barcelonenses com os resíduos é de mais de R$400.

REDUÇÃO NA GERAÇÃO

O investimento em inovação também deveria incluir o processo de reciclagem. Aqui, segundo o guia da PwC, a cidade de São Paulo trouxe uma novidade que é a remuneração fixa pelo serviço e não mais pela quantidade de resíduos destinados aos aterros. A qualidade do serviço é medido pela satisfação dos cidadãos. Além disso, o contrato paulistano pervê que as concessionárias possam obter remuneração de outras atividades relacionadas como a utilização econômica dos resíduos e venda de biogás dos aterros.

Isto pode estimular a concessionária a investir em educação, conscientização e sistemas de coleta seletiva e reciclagem, concluiu o relatório. Cada Paulistano gasta cerca de R$75 por ano com limpeza urbana. Menos de um quarto do se gasta anualmente em Barcelona e menos da média nacional de R$88.

“Quanto mais se reduz a geração de resíduos, melhor”, disse Rossin.

Mas, para ele, a reciclagem é uma questão mais profunda, pois a reciclagem envolve voltar o resíduo para a cadeia produtiva e isto requer mudanças não só no comportamento do consumidor, mas também no design dos bens de consumo e embalagens para reduzir a mistura de materiais – que facilita a reciclagem e aumenta o valor econômico do resíduo.
Finalmente, há se discutir conceitualmente a composição do resíduo doméstico urbano que é composto de 60% de material orgânico.

“Estamos transportando água,” comparou Rossini.

Nos Estados Unidos, a solução dada foi triturar os restos de alimentos nas própria residências e despejar pelo ralo para a rede de esgoto onde são encaminhados para tratamento.
FONTE: Site Revista Sustentabilidade