Os fenômenos provocados pelo aquecimento global acabaram
convencendo a humanidade de que algo muito grave esta realmente
acontecendo com nosso planeta. Reservas antigas e perenes de água
simplesmente secaram e populações inteiras começaram a ter que percorrer
grandes distâncias para que fosse possível beber um simples copo de
água.
Nas grandes cidades e metrópoles, começaram a imaginar uma forma de
garantir que os prédios e os condomínios, cada vez maiores e mais
populosos, fossem capazes de promover uma certa economia de água e energia elétrica. Assim, nasceu o conceito dos edifícios verdes:
construções cuidadosamente elaboradas para que fossem capazes de
promover essa economia e, além disso, garantissem que os materiais
usados na construção fossem todos (ou em grande parte) provenientes de
áreas de extração ou de fabricação certificadas e que não agredissem o
meio ambiente, garantindo assim, toda a sustentabilidade de uma cadeia
produtiva que acabaria na construção desses edifícios verdes.
E eles começaram a aparecer aqui e ali, logo estando por toda parte
nos países mais desenvolvidos e aqui em nosso país começam a assumir uma
importância significativa no cenário da construção civil e das vendas
de imóveis residenciais e comerciais.
Mas, ao mesmo tempo em que os edifícios verdes se tornavam os
queridinhos dos compradores, dos construtores e dos ambientalistas
surgiu a dúvida sobre o que fazer com os milhões de prédios comerciais e
residenciais já construídos e que não tinham nada de sustentáveis ou
verdes.
Foi justamente para vencer esse dilema que surgiu a perspectiva de
estudar-se uma forma de incluir pelo menos alguns elementos que pudessem
reduzir o consumo nessas unidades e seu impacto no meio ambiente das cidades em que estavam construídos.
A ideia de tornar prédios comuns em edifícios verdes foi testada com sucesso na Europa e logo se espalhou para o mundo todo.
Como uma bola de neve ecológica, as mudanças simples e que tornaram
os prédios mais antigos em edifícios verdes mais eficientes e menos
poluentes, espalharam-se e começam a ser adotadas também aqui entre nós.
A mudanças vão desde pequenas medidas como a
instalação de sensores de presença nas escadas, corredores e áreas
comuns para que promovam uma economia significativa nos gastos com
energia elétrica até a instalação de caríssimas placas fotovoltaicas
para substituir toda ou parte da energia elétrica usada no edifício por energia sustentável.
Da mesma forma, mudanças no fluxo de água das descargas, com
instalação de novas válvulas econômicas e mais eficientes, a reciclagem
do lixo produzido nas unidades habitacionais e a reciclagem de água ou a
captação de chuvas para utilização em jardins e na
lavagem das áreas comuns reforçam significativamente a capacidade dos
edifícios de interagirem melhor com o meio ambiente e promoverem um
nível de poluição e emissão de gases do efeito estufa muito menor.
Desta forma, estes são transformados, se não completamente, em parte,
em edifícios verdes com grande potencial para garantir uma boa
qualidade de vida para os seus moradores.
