Uma pergunta assalta e perturba muitos cidadãos conscientes, autoridades preocupadas com a situação do meio ambiente e as organizações que militam na área: Como garantir a sustentabilidade ambiental nas grandes cidades?
A resposta a essa pergunta atinge um caráter de urgência quando
percebemos claramente os sinais de degradação e constatamos que o
planeta sente, como nunca, o impacto do peso da vida humana e das ações
predatórias longamente praticadas por nós. Manter as bases da economia e
o estilo de vida das populações urbanas nos níveis atuais; onde o
consumismo desenfreado e o descarte de grandes quantidades de materiais
tóxicos e lixo é praticamente a ordem reinante e a
lógica por trás de quaisquer ações humanas. Cedo ou tarde, os impactos
desse modo de vida se tornarão irreversíveis e populações inteiras
sentirão a mão pesada da natureza sobre suas vidas. Vencer as
resistências locais e as políticas tradicionalmente aceitas como
verdades absolutas; é a missão do novo pensamento que deve se espalhar e
dominar as mentes e os corações dos “novos políticos” e do “novo
cidadão”.
A grande realidade; é que para garantir a sustentabilidade ambiental
nas grandes cidades, devemos praticamente abandonar o modo de vida que
experimentamos até hoje e criar devida consciência nas massas e na
classe dirigente de que a exploração desenfreada do meio ambiente só
levará a destruição do planeta. Num sistema
insustentável de produção, os recursos naturais planetários seriam
exauridos muito rapidamente e proporcionariam problemas gravíssimos que
seriam sentidos com um impacto devastados nos grandes aglomerados
urbanos.
Fazer com que a aplicação de políticas garantidoras da sustentabilidade ambiental nas grandes cidades,
representa uma realidade em que se leva em consideração à capacidade
de reposição que o planeta tem de seus recursos e, ao mesmo tempo,
manter medidas que permitam uma maior justiça social. As mudanças que
já foram sentidas devem ser estimuladas e seus reflexos plenamente
positivos em uma escala pequena; devem servir de exemplo para que
nações e governos menores comecem a implementá-las e a sentir seus
reflexos cada vez mais intensamente. Conseguir alterar as relações de
consumo e educar a população para o real significado das políticas de
conservação do meio ambiente pode ser a única forma de garantir a
sustentabilidade ambiental de forma efetiva e com resultados em médio e
longo prazo.
Fazer com que nossas populações questionem o seu modo de vida e
fazê-las entender que se os recursos do planeta não tiverem “a
oportunidade” de renovarem-se e de sustentarem-se sob a pressão de uma
demanda constante de consumo exacerbado, a vida no planeta como a
conhecemos acabará de forma dramática e somente através desse processo
de conscientização poderemos garantir a sustentabilidade ambiental. O
colapso das grandes cidades e os conflitos sociais e entre países serão
inevitáveis e de proporções apocalípticas. Sendo os “vitoriosos”
sobreviventes herdeiros de uma terra exaurida e devastada; incapaz de
sustentar a vida e inútil para qualquer um de nós; ricos ou pobres.
Um dado estatístico pode corroborar muito bem essas relações
problemáticas e perigosas entre populações urbanas e recursos naturais.
Basta saber que para sustentar apenas um quarto da população mundial que habita nos países ricos, são necessários três quartos de todos os recursos naturais do planeta.
Por essa simples constatação; pode-se perceber claramente que será
impossível fornecer os recursos necessários para que todos os seres
humanos possam atingir um padrão de vida razoável no ritmo de consumo
atual. Somente com o desenvolvimento sustentável será possível garantir a
sustentabilidade ambiental e com isso podermos reverter nossa atual situação.
Pense nisso.
